segunda-feira, fevereiro 11, 2008

Sustentabilidade e a vida executiva

Definitivamente a Responsabilidade Social da Empresa e Desenvolvimento Sustentável estão na agenda corporativa. O volume de publicações, artigos e pesquisas têm crescido velozmente. É claro que ainda há um caminho longo e complexo mas já se pode perceber ganhos importantes.

Universidades, empresas, midia, formadores de opinião incorporam tais temas aumentando a disseminação e o contato de toda a sociedade com as questões que envolvem as três dimensões da sustentabilidade: econômico, ambiental e o social. Tudo isso convergindo para a construção de um ambiente favorável capaz de apoiar a implementação concreta da gestão socialmente responsável orientada para o desenvolvimento sustentável.

Recente pesquisa publicada por dois professores da Fundação Dom Cabral, com 40 dirigentes dentre as 500 maiores e melhores empresas traz dados sobre a vida dos executivos os quais convido você leitor(a) a conhecer.

O convite que queremos deixar é no sentido de sua análise considerando que são os mesmos executivos os porta-vozes e protagonistas da implementação destes dos processos que chamamos a sua atenção.

A pesquisa traz várias questões que vão desde os dilemas corporativos enfrentados por eles, passando pelo que pensam a respeito de temas como carreira e gestão estratégica e indo até as fronteiras de sua indivividualidade. E é exatamente aqui que surge, cremos, a inspiração para o nome da pesquisa " cai o pano".

Estes executivos, na sua maioria, ao se submeterem de forma pouco consciente à ideologia do mundo corporativo se "concentram mais no personagem" se afastando de si próprio, indicando dificuldades de manterem-se, determinadamente, orientados para aquilo que é essencial. 70% afirmaram levar vida sedentária, 54% afirmam adiar projetos particulares e 39% indicam problemas de relacionamento familiar.

Então, a pergunta que fazemos é: pode um executivo trabalhar para a sustentabilidade de uma organização e tornar sua vida pessoal insustentável? Nossa convicção é de que não há mudança no plano institucional sem antes ocorrer a mudança no plano individual. Por isso ao olharmos para a perpectiva da liderança sustentável é fundamental que, paralelamente, pensemos na implementação de práticas que possam conduzir ao desenvolvimento sustentável, mas também pensemos nos protagonistas destas ações, sob pena de ver questões tão relevantes quanto estas acabarem se tornando apenas uma questão estética.

O artigo da pesquisa pode ser encontrando neste link http://www.lensminarelli.com.br/artigos/HSMJanFev-CaiopanoporMariaGiuliese.pdf
e merece ser conhecido na sua integra.