quarta-feira, junho 11, 2008

Sustentabilidade

Do boletim eletrônico do Mercado Ético
http://mercadoetico.terra.com.br/noticias.view.php?id=3025
10/06/08 - 18:35

Fécula de mandioca é matéria-prima para indústria de embalagem
Uma indústria de São Carlos, no interior de São Paulo, está utilizando fécula e farelo de mandioca como matéria-prima para a produção de embalagens para os setores de alimentos e de reflorestamento. É a CBPAK Tecnologia S/A, fundada em 2002 por um engenheiro industrial mecânico que hoje tem 35% das ações nas mãos da BNDESPar, companhia de investimentos subsidiária do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A história da empresa está entre os relatos empresariais a serem apresentados durante o Global Forum América Latina, que acontece de 18 a 20 de junho, no Cietep, em Curitiba. As tecnologias limpas constituem uma das áreas temáticas do evento, que vai reunir empresas, universidades e sociedade civil para tratar a educação para os negócios, com foco na sustentabilidade. O Global Forum propõe debater formas de disseminar esse conceito nas empresas e nos currículos acadêmicos, além de divulgar iniciativas bem-sucedidas já em curso. O relato da CBPAK, apresentado por seu fundador e diretor-presidente, Cláudio Rocha Bastos, informa que a proposta da empresa era desenvolver uma tecnologia limpa, em que a fonte de matéria-prima fosse renovável (mandioca), e que no ato do descarte do produto a matéria gerada fosse totalmente orgânica, permitindo o seqüestro de CO2 pela planta, em seu crescimento – ou seja, fechando o ciclo da eco-sustentabilidade. Hoje, a empresa fornece para o mercado de alimentos bandejas de espuma de amido (produzidas a partir de fécula de mandioca, pelo processo de termo-expansão). Biodegradáveis, elas substituem as bandejas convencionais de isopor, que geram poluição ao serem descartadas. Para o mercado de reflorestamento, a CBPAK desenvolveu uma tecnologia que utiliza farelo de mandioca prensado como matéria-prima para a produção de tubetes, pequenos vasos utilizados para o plantio de sementes e tradicionalmente feitos de plástico. "Estes dois mercados apresentam demandas enormes de consumo e a conquista de uma pequena fatia deles justifica o investimento no empreendimento, com atrativos retornos financeiros", afirma Bastos.

Outros temas

Além de tecnologias limpas, o Global Fórum contempla outras 12 áreas temáticas: empreendedorismo e tecnologias sociais; eco-eficiência e produção mais limpa; gestão do relacionamento; políticas públicas e sustentabilidade; base da pirâmide; governança corporativa; transformação organizacional; finanças sustentáveis; ética na comunicação e marketing; agronegócio sustentável e mudanças climáticas. Dos 120 trabalhos inscritos (entre relatos empresariais e resumos científicos), 86 foram selecionados para apresentação durante o evento. As sessões temáticas serão realizadas durante o primeiro dia do Global Forum. O restante da programação é destinado a debates e palestras com a participação de nomes de destaque nos mundos corporativo e acadêmico, no Brasil e no exterior. Entre os nomes confirmados estão o indiano Ram Charan, reconhecido como um dos mais conceituados consultores de empresas da atualidade; Hector Nuñez, presidente do Wal-Mart Brasil; Oscar Motomura, fundador e principal executivo do Grupo Amana-Key; Ricardo Young, do Instituto Ethos; o presidente da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), Jorge Guimarães; Jonas Haertle, representando o Pacto Global da ONU; e Carlos Osmar Bertero, presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração. As inscrições para o Global Forum estão abertas e podem ser feitas pela internet, no endereço www.globalforum.com.br
O evento é uma promoção da Unindus, universidade corporativa do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), com patrocínio do Serviço Social da Indústria (Sesi), em parceria com o Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas (FGV-EAESP) e Case Western Reserve University (EUA). Os resultados da edição latino-americana serão levados ao Global Fórum mundial, marcado para 2009, nos Estados Unidos.
(Mercado Ético/Global Forum)

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